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23 de jul. de 2013

A boneca de porcelana

"Eu e minha irmã estávamos tendo uma noite como outra qualquer: cuidando da casa, ficando acordado até tarde, essas coisas. Mas aquela noite em especial guardava uma surpresa macabra para nós dois. Passavam de três da manhã quando o telefone tocou. Quando atendi, não se ouvia nada apenas um ruído estranho, quase inaudível. "Não é nada.", pensei. Mas aquele era apenas o começo da noite mais assustadora da minha vida.

Quando desliguei o telefone, olhei para o relógio antigo na parede.: ele marcava 3:33 da madrugada. Nesse instante, ouvi um grito estranho vindo da sala. Era minha irmã. Corri até lá e quando a vi, ela estava se debatendo no chão e gritando cada vez mais alto. No ínicio fiquei achando que era uma brincadera, mas percebi que era algo sério quando comecei a sentir um frio estranho, como se a morte habitasse aquele lugar. Ela olhava fixamente para um ponto, como se alguém além de nós estivesse naquela sala.

- Tem mais alguém aqui? - perguntei. - Se tem, onde está?

Ela apontou para mim, como se estivesse na minha frente. Ela me olhava fixamente, com uma expressão de pânico, como se eu fosse um assassino e ela uma vítima.
Repentinamente, vários cortes surgiam em seu corpo, até que, com um corte mais profundo, seu braço direito caiu.
Ela estava gritando descontroladamente enquanto o sangue jorrava de seu corpo. Eu, apavorado com aquela cena, gritei:

-Apareça pra mim, deixa ela em paz.

Apareceu um homem coberto por capa que lhe escondia a face. Gritei para ele, dizendo:

-Deixe ela e me pegue!

-Com você não tem mais graça, já te torturei mentalmente muitas vezes! -respondeu ele

Minha irmã, sofrendo com aquela dor horrivel, susssurou, quase sem forças:
-O que eu fiz pra merecer isso? - quase não se ouvia sua voz. - Me deixe em paz...

Ele respondeu:
-Não te chamam de boneca pela sua beleza? Agora você será minha boneca de porcelana!

Ele pegou o braço dela e o costurou de volta em seu lugar, repetindo o ato em todos os cortes que tinha feito. Eu não podia fazer nada, pois estava paralizado de medo, apenas vendo minha irmã sendo costurada friamente.
Quando acabou, ele olhou-me e disse:
-O que achou do meu trabalho?

- Por que? - perguntei, em prantos.
Ele não respondeu. Apenas me olhou friamente, como se estivesse dizendo: "Com você, será muito pior". Olhei novamente para minha irmã. Ela estava parecendo uma boneca de pano, costurada em várias partes de seu corpo. Ela estava com a cabeça baixa escondendo a face com seus cabelos. Mas, de repente, ela levantou a cabeça e seus olhos se tornaram negros, escorrendo um líquido estranho que parecia ser sangue coagulado.

Fechei os olhos para não ver aquela cena. Mas, mesmo assim, a imagem de minha irmã sendo torturada povoava minha mente, tornando meu sofrimento cada vez maior. Quando abri os olhos novamente, estava sentado no sofá. Olhei para o lado e vi minha irmã encarando-me apavorada, como se tudo aquilo tivesse acontecido com a gente.

O som do relógio quebrou o silêncio da sala. Eram 3hs da manhã. Apavorado, acendi todas as luzes da casa e sentei-me abraçado com minha irmã, rezando para que o telefone não tocasse. Alguns minutos se passaram, quando, novamente, o telefone tocou. Nós nos olhamos e fomos juntos atender o telefone. Atendi, e novamente, silêncio. Quando fui desligar, um grito estridente soou do telefone. Apavorado, arremessei o telefone contra a parede e corri do quarto, arrastando minha irmã junto. Mas uma surpresa nos aguardava, em cima do sofá: uma bela boneca de porcelana..."

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