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Morto de Olhos Abertos
Em uma cidade do nordeste morreu um pai de família muito querido. A viúva mandou chamar a única fotógrafa da cidade para tirar fotos do morto para poder colocar no cemitério. A fotógrafa ao chegar ao velório viu o morto dentro do caixão e começou a fotografá-lo. Para seu espanto, toda vez que olhava pelo visor da máquina fotográfica via o morto olhando para ela com os olhos abertos. Quando tirava a máquina fotográfica de sua frente, olhava para o morto e o via com os olhos fechados. Várias fotos foram tiradas e, quando reveladas mostraram que realmente o morto a via com os olhos abertos.
A Bruxa de Gwrach-y-rhibyn
O significado do nome Gwrach-y-rhibyn, literalmente é "Bruxa da Bruma" mas é mais comumente chamada de "Bruxa da Baba". Dizem que parece com uma velha horrenda, toda desgrenhada, de nariz adunco, olhos penetrantes e dentes semelhantes a presas. De braços compridos e dedos com longas garras, tem na corcunda duas asas negras escamosas, coriáceas como a de um morcego. Por mais diferente que ela seja da adorável banshee irlandesa, a Bruxa da Baba do País de Gales lamenta e chora quando cumpre funções semelhantes, prevendo a morte. Acredita-se que a medonha aparição sirva de emissária principalmente às antigas famílias galesas. Alguns habitantes de Gales até dizem ter visto a cara dessa górgona; outros conhecem a velha agourenta apenas por marcas de garras nas janelas ou por um bater de asas, grandes demais para pertencer a um pássaro. Uma antiga família que teria sido assombrada pela Gwrach-y-rhibyn foi a dos Stardling, do sul de Gales. Por setecentos anos, até meados do século XVIII, os Stardling ocuparam o Castelo de São Donato, no litoral de Glamorgan. A família acabou por perder a propriedade, mas parece que a Bruxa da Baba continuou associando São Donato aos Stardling. Uma noite, um hóspede do Castelo acordou com o som de uma mulher se lamuriando e gemendo abaixo de sua janela. Olhou para fora, mas a escuridão envolvia tudo. Em seguida ouviu o bater de asas imensas. Os misteriosos sons assustaram tanto o visitante que este voltou para cama, não sem antes acender uma lâmpada que ficaria acesa até o amanhecer. Na manhã seguinte, indagando se mais alguém havia ouvido tais barulhos, a sua anfitriã confirmou os sons e disse que seriam de uma Gwrach-y-rhibyn que estava avisando de uma morte na família Stardling. Mesmo sem haver um membro da família morando mais no casarão, a velha bruxa continuava a visitar a casa que um dia fora dos Stardling. Naquele mesmo dia, ficou-se sabendo que o último descendente direto da família estava morto.
Esse texto é baseado no folclore da região citada.
A morte bate a porta
Numa certa noite de interior, em meio a uma roda com fogueira, muito frio e histórias de horror, um certo garoto lança um desafio ao amigo. Faremos uma aposta, eu duvido que o Marcio entre no cemitério a meia noite???? Marcio então respondeu ao amigo: - Aceito o desafio e não só entro como ainda trago algo para comprovar que estive lá. Então a meia noite ambos foram ao portão do cemitério, o amigo para ver com seus próprios olhos que Marcio entraria. Marcio entra, e o amigo assustado com a escuridão corre de volta para casa e fica lá com os amigos esperando o retorno de Marcio. Marcio com muito medo, começa a ouvir passos e vozes, olha para traz e nada vê somente uma enorme escuridão, com muito medo, arranca logo uma cruz do cemitério e corre desesperado de volta para casa...... ao sair do cemitério ao longe escuta gritos de desespero. Chegando em meio ao amigos, entra em casa sorridente e mostrando a todos sua coragem, com aquela cruz na mão, prova ao amigo que não tem medo de mortos. Os dois ficam rindo da aposta..... quando adentra em casa um dos amigos dizendo: - Marcio, o João Alves está ai fora te procurando.... ele veio buscar algo dele que está com você. Marcio olha desesperado para o amigo e diz: - Mas eu não conheço nenhum João Alves, e no mesmo instante os dois olham para a cruz e para espanto dos dois, na lápide havia o nome... "João Alves".
As flores da morte
Conta-se que uma moça estava muito doente e teve que ser internada em um hospital. Desenganada pelos médicos, a família não queria que a moça soubesse que iria morrer. Todos seus amigos já sabiam. Menos ela. E para todo mundo que ela perguntava se ia morrer, a afirmação era negada. Depois de muito receber visitas, ela pediu durante uma oração que lhe enviassem flores. Queria rosas brancas se fosse voltar para casa, rosas amarelas se fosse ficar mais um tempo no hospital e estivesse em estado grave, e rosas vermelhas se estivesse próxima sua morte. Certa hora, bate a porta de seu quarto uma mulher e entrega a mãe da moça um maço de rosas vermelhas murchas e sem vida. A mulher se identifica como "mãe da Berenice". Nesse meio de tempo, a moça que estava dormindo acordou, e a mãe avisou pra ela que a mulher havia deixado o buquê de rosas, sem saber do pedido da filha feito em oração. Ela ficou com uma cara de espanto quando foi informada pela mãe que quem havia trazido as rosas era a mãe da Berenice. A única coisa que a moça conseguiu responder era que a mãe da Berenice estava morta há 10 anos. A moça morreu naquela mesma noite. No hospital ninguém viu a tal mulher entrando ou saindo.
A Volta do Pai
Havia uma menina que gostava muito do seu pai. Ela o idolatrava. Certo dia, as vésperas do seu aniversário de quinze anos, seu pai faleceu, deixando-a profundamente triste. O tempo passou e a menina transformou-se em uma bela moça que sempre tinha em mente a lembrança da imagem do pai. Conheceu um jovem, casou-se e ficou grávida. Sentiu os sinais do parto e se dirigiu para o hospital a fim de dar a luz ao seu primeiro filho. Os médicos a atenderam e ao olhar pela primeira vez, seu filho que acabara de nascer, percebeu, com lágrimas nos olhos, que ele tinha a fisionomia do seu falecido pai. Entre todo esse clima de emoção, um fato ficou marcado : seu filho que acabara de nascer, abriu os olhos e disse "Não chores minha filha, estou de novo ao seu lado."
A Mensageira da Morte
Dizem que nas ruínas do Castelo de Berry Pomeroy, no sul da Inglaterra, existem vários fantasmas, entre eles o de uma bela jovem, condenada por sua própria crueldade. Chamava-se Margaret, filha de um dos primeiros Barões de Pomeroy. A jovem ficou grávida do próprio pai e estrangulou a criança ao nascer. Depois de morta, alega-se que seu fantasma pressagiava a morte de um Pomeroy ou de criados da casa. Entre os muito que dizem tê-la visto está Sir. Walter Farquhar, um eminente médico do final do século XVIII. Estava ele no Castelo cuidando da mulher enferma do administrador da família, quando viu de repente uma jovem belíssima parada á sua frente. Ela se virou e sumiu pelo corredor, em direção à escada. Ele a viu claramente, iluminada pela luz que vinha de um vitral, antes que desaparecesse num dos aposentos do andar superior. No dia seguinte, Sir. Walter perguntou ao administrador quem era a bela jovem que havia visto. Para imensa surpresa do médico, o homem se pôs a chorar, dizendo que a visita signifocava que sua mulher estava à morte. Aí contou que Margaret assassinara seu bebê no cômodo logo acima e que desde sua morte começara a anunciar as mortes no Castelo; ela já anunciara a do filho do administrador. O médico garantiu-lhe que sua mulher estava se recuperando e que não fazia sentido tal história. O homem ficou muito nervoso e mesmo com a certeza do médico de que ela estava fora de perigo, ela calmamente morreu na manhã seguinte.
Imagem e texto retirados da Coleção "Mistérios do Desconhecido" da Ed. Abril.. Esse texto é baseado no folclore da região citada.
A Virgem do Poço
Havia no Japão Feudal do século XVII uma bela jovem de nome Okiko. Essa jovem era serva de um Grande Senhor de Terras e Exércitos, seu nome era Oyama Tessan. Okiko que era de uma família humilde, sofria assédios diários de seu Mestre, mas sempre conseguia se manter longe de seus braços. Cansado de tantas recusas, Tessan arquitetou um plano sórdido para que Okiko se entregasse à ele. Certo dia, Tessan entregou aos cuidados de Okiko uma sacola com 9 moedas de ouro holandesas -mas dizendo que havia 10 moedas- para que as guardasse por um tempo. Passado alguns dias, Tessan pediu que a jovem devolvesse as "10" moedas. A donzela, ao constatar que só havia 9 moedas, ficou desesperada e contou as moedas várias vezes para ver se não havia algum engano. Tessan se mostrou furioso com o "sumiço" de uma de suas moedas, mas disse que se ela o aceitasse como marido, o erro seria esquecido. Okiko pensou a respeito e decidiu que seria melhor morrer do que casar com seu Mestre. Tessan furioso com tal repúdio, agarrou a jovem e a jogou no poço de seu propriedade. Okiko morreu na hora. Depois do ocorrido, todas as noites, o espectro de Okiko aparecia no poço com ar de tristeza, pegava a sacola de moedas e as contava... quando chegava até a nona moeda, o espectro suspirava e desaparecia. Tessan assistia aquela melancólica cena todas as noites, e torturado pelo remorso, pediu ajuda à um amigo para dar um fim àquela maldição. Na noite seguinte, escondido entre os arbustos perto do poço, o amigo de Tessan esperou a jovem aparecer para dar fim ao sofrimento de sua alma. Quando o fantasma contou as moedas até o 9, o rapaz escondido gritou: ...10!!! O fantasma deu um suspiro de alívio e nunca mais apareceu.
Essa Lenda do século XVIII, é uma das mais famosas do folclore japonês. texto retirados da Coleção "Mistérios do Desconhecido" da Ed. Abril.
O Último Vampiro
Em meio a uma atmosfera lúgubre, tisna e úmida, um grande esquife se abre quebrando uma inércia de centenas de anos. O Conde Dracul, ou apenas Drácula, desperta de seu torpor secular para reinar novamente sobre as criaturas da noite. Sua majestade se mostra mais uma vez entre seus vis súditos. Uma onda cataclísmica de dor e ódio toma conta de seu ser e expande para todo o universo anunciando que o Filho das Trevas, o Príncipe das Lamúrias, aquele que zomba de Deus e cospe na bondade está de volta. Seu poder ilimitado, subordinado apenas pela sua mórbida e cruel vontade, se prepara para Principado das Trevas que estaria para recomeçar... Será mesmo? O Conde Drácula observa seu calabouço que serviu de esconderijo e proteção por vários séculos. O Conde despertara depois de um revigorante sono de séculos para novamente exercer seu encargo. "Como será que o mundo está agora depois de todos esse anos?" Se perguntara com certa excitação. O Conde mal podia esperar para conhecer seu novo Reino. Assim que a noite se firmou, o Conde se dirigiu até a sacada da antiga torre em que morava. _O que será aquela luz no horizonte? Por um momento pensei que seria o Sol que estava a sair. Será um grande incêndio na cidade por detrás das montanhas? Tenho que ver com meus próprios olhos!! O Conde decidiu ir andando pela estrada para conhecer melhor seus novos domínios. Ao chegar na estrada, algo lhe fez excitar. Uma espécie de manta negra cobria a estrada. O que seria aquilo? Haviam duas listras paralelas pintadas de amarelo no centro e outras brancas na borda. O chão parecia ser formado por pequenas pedras negras compactadas, era quente o tal pavimento. Ao se abaixar para melhor ver aquele estranho material, foi surpreendido por uma luz branca que passou ao seu lado em grande velocidade acompanhada de um barulho completamente estranho. A luz gritou: _Ô seu palhaço!!! Quer morrer??? Sai do meio da estrada!!! A luz que agora era composta por dois pontos vermelhos, sumiu ao longe. _Aquilo foi um demônio de luz??? Ele me chamou de palhaço?? Que audácia daquele elementalzinho menor!! Disse o indignado Conde. O Conde começou a andar pela borda da estrada e olhou para mais uma luz que vinha ao longe passando por ele como um raio. O Conde pensou ter visto um homem dentro da luz. O velho Drácula ficou confuso. Nunca vira algo assim. Mais uma vinha pela estrada, o Conde se portou no centro da estrada, estendeu os braços e gritou: _Eu! O Príncipe das Trevas! Ordeno que pare!!! O luz emitiu um som agudo e parou. Uma cabeça de um jovem humano apareceu no meio da luminosidade estranha e disse: _Quolé coroa?? Pirou?? Que roupa estranha!! Tá afim de uma carona? Sobe aí!! Disse o rapaz enquanto abria a porta direita do veículo. O Conde hesitou um pouco, não entendeu direito aquele estranho dialeto, mas se dirigiu até o carro e entrou. _O que é isso? Uma carruagem sem cavalos? Perguntou o confuso Conde. _Isso é um Mustang 73!! O que andou cheirando coroa? Tá indo pra cidade? Te levo lá. _Sim! Para a cidade!! Apontava peremptoriamente para as luzes detrás das montanhas quando foi surpreendido pelo solavanco do carro que arrancava com toda velocidade, "cantando" os pneus. O veículo se dirigia pela estrada durante a noite enquanto cruzava com outros que vinham em sentido contrário. O Conde ainda não se acostumara com aquela situação, e ainda se contraía e fechava os olhos toda vez que uma luz se aproximava. O Conde olhou para o rapaz ao seu lado. Era um jovem meio esquisito (pelo menos para ele). Tinha a cabeça raspada; usava um colete de couro com várias insígnias e pedaços de metal e correntes; tinha um bracelete com pontas afiadas. Havia argola que balançava em seu nariz. Usava uma calça de couro com os mesmos tipos de penduricalhos do resto do corpo. O Conde imaginou que se tratasse de algum bárbaro vindo da bacia do Eufrates ou do baixo Nilo. _E aí velho? Você não está indo para uma daquelas festas de viados não né? Perguntou o rapaz. _Não entendi sua pergunta meu jovem... Disse com polidez o Conde. _Você sabe! Aquela festas de vampiros...aquelas dos "chupadores"... Essa sua roupa.... Disse o rapaz que exalava uma bafo etílico. _Vampiros??? Você conhece alguma coisa sobre Vampiros?? Perguntou o Conde Drácula com assombro. _Claro!!! Hoje em dia é cheio de Vampiros para todos os lados!! Reuniões, festas, convenções... É moda ser viado hoje em dia. O Conde não entendia direito aquilo que o rapaz lhe dizia com escárnio. Será possível isso que ele ouvira? Os Vampiros vivem junto com os homens e são desprezados ? _O que é "viado"? Perguntou o Conde. _Ô coroa!! Onde você esteve nesses últimos séculos? Dormindo? Viado, ou veado, é "paka", "frutinha", "boiola", "bicha", "provador de vara", "eskentapau"... essas coisa! _Você quer dizer....hã...Sodomitas?? Pederastas?? "Aqueles que vão contra a natureza"?? Perguntou o Conde com medo de ouvir a resposta. _Sodomita???? Hã... Agora eu me lembro da Bíblia... Sodoma e Gomorra... Sim!!! É isso!!! Os Vampiros de hoje são Sodomitas!!! Disse o rapaz enquanto soltava um suspiro etílico vindo da região do umbigo. O velho Conde Drácula ficou paralizado na cadeira do carro, com olhar petrificado. Ele não podia acreditar naquilo que ouvira. Era a desgraça da categoria!! Os Vampiros eram as criaturas mais excepcionais do mundo. Tinham poder, graça, honra, classe, domínio... Agora eles se transformaram num bando de delinqüentes que se entregavam aos prazeres mundanos dos mortais. _Você tem certeza??? Todos??? Perguntou o Conde que agora estava mais branco do que nunca. _Bem...todos não, mas a maioria sim!! E alguns não são, mas gostariam, e como!! É um tal chupa pescocinho daqui, pega no pulso e suga dali. Já viu ou leu alguns desses filmes ou livros onde os Vampiros choram quando matam uma vítima?? Ficam arrependidos; fazem cara de tesão quando chupam o sangue, ficam babando como um drogado na beirada da privada, com maquiagem borrada... Aí vem outro Vampiro e o abraça, choram juntos, se lembram de quando foram bulinados pelo padrasto enquando ainda eram jovens humanos ... Bichice pura!! Usam cabelos longos caídos no rosto, brinquinhos de prata na orelha. fazem cara de tristes e amargurados. Anda pela noite atrás de um rapazinho belo e indefeso para começar com a viadagem!!! Disse o rapaz enquanto lançava pedaços do pulmão envoltos em perdigotos no painel do carro. _Mas quando começou isso tudo??? Peguntou Conde com dificuldade de falar. _Não tem tanto tempo assim... Acho que começou entre os anos 60 e 80 com uns filmes pornográficos: "Dracula Sucks", "Dracula and the Boys", "Gayracula", "Love Bite"... Mas ficou famoso mesmo depois que uma lésbica chamada Anne Rice começou a escrever histórias de Vampiros. A comunidade gay entrou em polvorosa, foi um delíro só. Daí foi questão de tempo para começar a aparecer mais filmes, revistas, livros, campanhas publicitárias, bares temáticos, boites "clubers", jogos... Existem algumas exceções, mas são poucas, infelizmente não existem mais Vampiros como Christopher Lee, Bela Lugosi, John Carradine... esses eram machos!!!. Como eu sei de tudo isso? Pô vei! Eu sempre adorei histórias de Vampiros, sempre achei o máximo, mas assim que começou a pederastia... Disse o rapaz com pesar. _Então não exite mais espaço para vampiros como eu...hã..., digo, Vampiros como antigamente? Perguntou o velho Conde Drácula com as sombrancelhas apertadas. _Falando sério? Meu tio... Acho que não!! _Pare!! Disse o Conde. _Quê isso véi? Vai ficar no meio da estrada? De noite? Perguntou admirado o rapaz. _Eu não vou mais para a cidade, vou voltar. Não tenho nada o que fazer lá. Acho que vou voltar a dormir e quem sabe acordar daqui uns 300 anos... O Conde descia do carro enquanto falava com o rapaz. O rapaz ficou olhando para aquela figura cabisbaixa, que andava com passos lentos e sôfregos. A capa preta sumia na escuridão lentamente. De repente o vulto se transformou em fumaça, e no meio dela, surgiu voando um grande morcego que seguiu em direção a antiga Torre, sua morada. O rapaz olhou com espanto para aquilo, mas depois ficou sério, entrou no carro e deu partida. _Acho que bebi demais... Ora!! Não existe mais Vampiros com aquele...Infelizmente!
Vodú
Um garoto de mentalidade irrequieta, assim era Jairo. Seus 13 anos pareciam ter sido dedicados a caça de problemas. Na vizinhança, na escola, todos o conheciam e ao pressentirem sua presença preparavam-se: algo com certeza ia ocorrer. Uma característica, no entanto, contrastava com a grande atividade mostrada pelo garoto: era fanático por livros, na linguagem dos amigos, um"rato"de biblioteca. Realmente era capaz de ficar horas folheando velhos manuais de reconhecimento de borboletas, enormes atlas antigos ou qualquer coisa que chama-se sua atenção. Era um verdadeiro alívio para os pais saberem que Jairo havia ido para biblioteca. O que ninguém havia percebido, no entanto, é que muitas de suas idéias com as piores conseqüências havia saído justamente daquele amontoado de saber. Chegara a montar um para-raio improvisado no barracão do quintal, utilizando velhas pontas de ferro. E, por incrível que possa parecer, o projeto funcionou. Isto é, ao menos metade, pois Jairo esquecera o aterramento. Havia sido pura sorte que durante a tempestade, alguns dias depois não houvesse alguém no local, literalmente destruído. Agora Jairo tinha achado algo mais interessante, que fugia de qualquer ciência: um livro, na verdade um maço de folhas a cerca do vudú caribenho. Imergiu naquele mundo de zumbis e bonecos que representavam pessoas. Fantasiou a possibilidade de ser realmente verdade. Não cogitou por muito tempo; partiu para a prática. Hábil, costurou dois bonecos. Conforme o livro os mesmos deveriam ter algo da pessoa a quem representariam. Conseguiu uma mecha de cabelo da irmã, enquanto ela dormia, e terminou o primeiro boneco. Enquanto dava os retoques no segundo boneco, pensava na segunda vítima. Distraído, acabou perfurando o dedo com a agulha e resolveu terminar por então. Testaria o boneco já pronto, e se não funcionasse ,deixaria o risco de transformar sua mão em almofada para agulhas. Recitou as preces do livro e foi procurar Marina, a irmã mais velha que tanto implicava com ele. Escondido, pegou a enorme agulha e tocou a perna do boneco; a irmã imediatamente olhou para a própria perna, assustada. Jairo percebeu, e enfiou a agulha, fazendo com que a moça gritasse de dor. A mãe acudiu, mas não encontrava nada que pudesse causar tanta dor a filha. Jairo segurava-se para não rir. Na verdade ficara um tanto assustado, pois ,realmente, não queria machucá-la. Mas a imaginar que poderia usar o segundo boneco para representar o namorado de Marina e trabalhar com os dois juntos, não conseguia conter o riso. Saindo de seu esconderijo, sentiu uma forte fisgada no braço, como se um prego tivesse ali entrado. Nada havia. Na perna uma dor ainda mais forte. Era como se estivesse sendo dilacerado. Seu corpo começava a sacudir ,sem controle. A mãe e a irmã ficaram estáticas, chocadas. Jairo consegue ainda raciocinar e corre para o quarto. Era o outro boneco. Tinha seu sangue, do ferimento da agulha. O boneco que sobrara, era ele. Mais não havia mais tempo. Nero, seu pastor alemão havia descoberto o brinquedo e o destroçava, sem perceber seu dono partindo-se a cada dentada.
A loira do banheiro
Esta historia é muito contada em escolas da rede pública na cidade de São Paulo. Sua fama é muito grande entre os alunos. Uma garota muito bonita de cabelos loiros com aproximadamente 15 anos sempre planejava maneiras de matar aula. Uma delas era ficar ao banheiro da escola esperando o tempo passar. Porém um dia, um acidente terrível aconteceu. A loira escorregou no piso molhado do banheiro e bateu sua cabeça no chão. Ficou em coma e pouco tempo depois veio a morrer. Mesmo sem a permissão dos pais, os médicos fizeram autópsia na menina para saber a causa de sua morte. A menina não se conformou com seu fim trágico e prematuro. Sua alma não quis descansar em paz e passou a assombrar os banheiros das escolas. Muitos alunos juram ter visto a famosa loira do banheiro, pálida e com algodão no nariz para evitar que o sangue escorra.
O Aviso
Minha cunhada estava entrando no último mês de gravidez e viajou com minha sogra para o interior de Minas Gerais. Fizeram uma parada no caminho e ao verem uma capela de Nossa Senhora Aparecida se dirigiram para lá para orar. O lugar era ermo, destas capelinhas de beira de estrada com uma bica. Passados alguns minutos, das beiradas do altar da Santa começaram a subir espirais de fumaça branca que depois foram sendo puxadas de volta, desaparecendo como se tragadas pelo próprio altar. Elas ficaram assustadas e resolveram ir embora. Em casa todos concordaram que devia ser alguma espécie de aviso. O fato é que minha cunhada perdeu o bebê no momento do parto.
Mansão Assombrada
Há cerca de 12 anos,numa pequena cidade do interior terra de minha falecida avó, aconteceu algo muito estranho... Minha querida avozinha, que Deus a tenha, possuía um irmão também já falecido que era muito ligado as criações que possuía em sua fazenda, entre elas uma lhe despertava tremendo interesse. Esse animal era um jumento grande de crina muito sedosa, o qual ele cuidava com muito carinho. Acontece que devido a uma parada cardíaca minha avó teve seu irmão falecido, e na noite dessa perda escutava-se o jumento, que havia fugido, relinchar pelos pastos da propriedade. Num certo momento, quando todos prestavam suas últimas homenagens, o jumento entrou a relinchar pelos degraus da escada que levava a ante-sala e foi subindo em direção ao encontro do corpo. Todos que estavam ali presentes dizem que o animal tinha os olhos em brasa e uma respiração ofegante como se estivesse possuído por um espírito agonizante. Após ter visto deitado no caixão o meu tio-avô, o animal saiu em disparada, e nunca mais foi visto.....
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