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17 de jun. de 2014

O Pintor Cego

Algumas das pinturas mais incríveis que eu já vi foram as de Thomas Allsman. Ele é um homem tranquilo em seus sessenta e poucos anos e ele vive sozinho em uma pequena casa antiga na orla da cidade. Thomas é um pintor de retratos, o melhor que qualquer um de nós já viu. Cada uma de suas pinturas é uma Mona Lisa, cada pequeno detalhe do rosto e parte superior do corpo é desenhado e pintado exatamente igual, como se fosse até uma fotografia. No entanto, é um mistério como ele consegue pintar.

Thomas Allsman é completamente cego desde o dia em que ele nasceu. De alguma forma, porém, ele pode pintar você. É como se ele pudesse "ver" você quando você está sentado de frente a ele, para ser retratado em seus pinceis. Como ele descobriu essa capacidade, ou como ele pode fazer isso é um mistério, ele não nunca contou. Se você pagar o preço, ele vai pode pintar você, e ele vai pintar você lindamente.

Então eu caminhei até a porta da frente de sua casa . Fiquei ali, parado e nervoso. Eu estava sozinho, porque ele não vai pinta-lo com outras pessoas ao redor. Depois de uma respiração profunda, eu toquei a campainha. Esperei um momento. Finalmente, ele abriu a porta. Seus olhos cinzentos olharam sobre minha cabeça, e ele estava segurando uma bengala.

- Sr. Allsman, meu nome é Lucas e eu quero ser... - Minha voz sumiu em nervosismo.
- Você veio para ser pintado, certo? - Disse ele. - Você tem dinheiro para me pagar?
- Claro, duzentos dólares. - Eu disse

Thomas balançou a cabeça e convidou para entrar depois que eu dei-lhe o dinheiro. O interior da casa era agradável e simples. Eu olhei para uma pilha de livros sobre uma mesa. Um deles estava aberto e eu pude ver que estava escrito em braille. Ele me levou para uma sala e me disse para me sentar em um banquinho.

Nada estava no quarto, exceto uma cadeira, tela e o material de pintura. Me sentei e ele foi para atrás da tela.

- Agora filho, devo avisá-lo, às vezes eu pinto muito para a frente. - Disse Thomas. Para a frente? O que ele queria dizer? Talvez às vezes ele pintasse a parede atrás da pessoa ou no quintal de fora da casa? Mas eu dispensei o comentário. Ele começou a pintar. Sentei-me ali pelo que pareceu uma eternidade. Nenhum de nós disse uma palavra, e nenhuma vez, Thomas olhou para mim. Seus olhos estavam fechados o tempo todo. Talvez... ele poderia me ver, de alguma forma...

Finalmente, ele colocou o pincel para baixo.
- Está pronto. - Ele disse, e me fez sinal para ir ver. A pintura era exatamente eu, até meu corte de cabelo estava igual, mas o estado que eu estava era... horrível. Eu estava deitado em um chão de madeira. Minha garganta estava cortada e aberta, um dos meus braços tinha sido decapitado, eu estava coberto de o que parecia ser facadas, hematomas e muito sangue. Meus olhos estavam vidrados e vermelhos. Eu estava morto. Thomas me pintou depois de ter sido brutalmente assassinado? Eu estava até usando a mesma roupa que eu estava usando atualmente.

Eu dei um passo para trás.
- Por que você me pintou assim? Por que você iria pintar algo tão horrível para mim? - Thomas olhou para baixo com um rosto sombrio.

- Eu disse a você, às vezes eu pinto muito para a frente. - Eu estava confuso.
- O que significa isso? - Perguntei. Ele olhou de volta para mim.
- Às vezes eu pinto algo que ainda não aconteceu.  

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